AV. JOSÉ PAULINO Nº 1080 - CENTRO PAULINIA - SP - CONTATO - 19 9618 0973 e 19 8320 1401

msn judomercival.secretaria@hotmail.com email judomercival@ig.com.br FACEBOOK ASSOCIAÇÃO MERCIVAL

Amigos do Judô de Paulinia 2012


CRIANÇA ESPERANÇA

MIRIAM VICE CAMPEÃ PAULISTA

MIRIAM VICE CAMPEÃ PAULISTA

CAMPEONATO ESTADUAL SUB 20

ESTADUALSUB 20

ESTADUALSUB 20
MIRIAM (MERCIVAL) e MARLI (BOSCH) - trabalhando na premiação

GRAZIELA VENTURA CAMPEÃ REGIONAL CATEGORIA PRINCIPAL SUB 20.

ESTADUAL e TORNEIO TRAJANO

4 OUROS NO REGIONAL 2012

TORNEIO DA BOSCH

MAYRA Nº 1 DO MUNDO

Mayra Aguiar é ouro e Rafael Silva prata no Grand Slam de Paris

Mayra Aguiar é ouro e Rafael Silva prata no Grand Slam de Paris
FONTE CBJ

Sarah Menezes é prata no Grand Slam de Paris

Sarah Menezes é prata no Grand Slam de Paris
Fonte CBJ

Chaves do Grand Slam de Paris

Grand Slam de Paris tem mais de 700 inscritos

BRASIL NO RANK FIJ

Ouro para Rafael Silva e Mayra Aguiar, bronze para Tiago Camilo e Hugo Pessanha

FELIZ ANO NOVO

FELIZ ANO NOVO
FAMÍLIA JUDÔ MERCIVAL

FAMÍLIA JUDÔ MERCIVAL FELIZ NATAL

FAMÍLIA JUDÔ MERCIVAL FELIZ NATAL

BONENKAI 2011 JUDÔ MERCIVAL

RANKING DO MELHOR JUDOCA DE 2011

Desafio Internacional terá transmissão do SporTV e Record News

Chaves do GP de Amsterdã

Fim de semana com Brasileirão, GP de Amsterdã e viagem da equipe feminina para o Japão

Judocas da equipe feminina embarcam para imersão no Japão

PAN AMERICANO GUADALAJARA 2011 QUADRO DE MEDALHAS

Equipe Mercival, conquista medalhas em Pedreira.

Seleção embarca neste sábado para os Jogos Pan-Americanos

Pan 2011: Judô com a 100ª medalha na mira.

OURO NA GINASTICA RITMICA

Três nadadores já têm vaga na final de Guadalajara

COMEÇA OS JOGOS PAN AMERICANOS EM GUADALAJARA

JOGOS PAN AMERICANOS 2011 – GUADALAJARA

Dia Mundial do Judô será em 28 de outubro

Seleção terá nove estreantes em pans em Guadalajara

MEDALHAS DO JUDÔ EM JOGOS PAN-AMERICANOS

SEXTA FEIRA

SEXTA FEIRA

14 - 10 - 2011

14 - 10 - 2011

Federação Internacional atualiza ranking mundial após Copa do Mundo do Kazaquistão

Definida a seleção para o Campeonato Mundial Sub 20

QUATRO MEDALHAS NA COPA DO MUNDO

CBJ anuncia equipe para os Jogos Pan-Americanos 2011

MEDALHAS DO JUDÔ EM JOGOS PAN-AMERICANOS

Brasil 16 vezes no pódio do Pan Sub 20. Meninas são 100% ouro

TOP 20 DO RANK 2011 DA EQUIPE MERCIVAL

COPA AMERICANA

Brasil é prata no Mundial por Equipes. Veja imagens

Brasil é prata no Mundial por Equipes. Veja imagens
O Brasil conquistou neste domingo, em Paris, a medalha de prata no Campeonato Mundial por Equipes. A equipe brasileira foi superada na decisão pela França, por 3 a 2.

Lucas Rihs da Mercival é Bronze no Paulista.

Equipe Mercival Paulínia Conquista 8 Medalhas em Bom Jesus dos Perdões.

LUCAS RIHS CAMPEÃO ESTADUAL 2011

A Equipe Mercival Paulínia tem 100% de aproveitamento na fase regional do Campeonato Paulista

A Equipe Mercival Paulínia tem 100% de aproveitamento na fase regional do Campeonato Paulista
A Equipe Mercival Paulínia de Judô, agradece o apoio de; Ração Pet Mais, Modas Paulínia, São Francisco Ambiental, Art Final, SER Paulínia e aos Pais e Amigos dos Judocas da equipe.

Drielly garante vaga para o Campeonato Paulista de Judô

Drielly garante vaga para o Campeonato Paulista de Judô
Agradecemos o apoio da Secretaria de Esportes de Paulínia e de nossos patrocinadores - Ração Pet Mais, São Francisco Ambiental, Modas Paulínia, Todas Ferramentas e Yazigi.

MERCIVAL/PAULINIA JÁ TEM 3 JUDOCAS CLASSIFICADOS PARA O ESTADUAL

MERCIVAL/PAULINIA JÁ TEM 3 JUDOCAS CLASSIFICADOS PARA O ESTADUAL
Agradecemos o apoio da Secretaria de Esportes de Paulínia e de nossos patrocinadores - Ração Pet Mais, São Francisco Ambiental, Modas Paulínia, Todas Ferramentas e Yazigi.

EQUIPE MERCIVAL PAULINIA NA FACULDADE ANHANGUERA DE CAMPINAS.

Árbitros da Equipe Mercival Paulínia de Judô, participam de Curso de atualização.

MERCIVAL/PAULINIA FAZ 4 CAMPEÕES NA COPA COUNTRY

MERCIVAL/PAULINIA FAZ 4 CAMPEÕES NA COPA COUNTRY
Agradecemos o apoio da Secretaria de Esportes de Paulínia e de nossos patrocinadores - Ração Pet Mais, São Francisco Ambiental, Modas Paulínia, Todas Ferramentas e Yazigi.

MERCIVAL / PAULINIA FAZ 3 CAMPEÕES NA BOSCH

REPRESENTANTES DA EQUIPE MERCIVAL PAULINIA NA REUNIÂO DA 15ª

A HISTÓRIA DO MESTRE KODANSHA MERCIVAL DAMINELLI

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Aurélio Miguel fala sobre Rio'2016 em entrevista exclusiva ao portal Terra


Aurélio Miguel fala sobre Rio'2016 em entrevista exclusiva ao portal Terra.

A notícia de que o Rio de Janeiro sediaria os Jogos Olimpícos em 2016 foi recebida com um misto de esperança e ceticismo por este filho de catalães que, há 21 anos, trazia para o Brasil a primeira medalha de ouro nos tatames. - Fazer uma Olimpíada escondendo os seus problemas é como pegar a sujeira e botar debaixo do tapete - critica o ex-judoca Aurélio Miguel.Em 1988, nas Olimpíadas de Seul, conquistou o ouro - até então, apenas a sexta do mesmo quilate para o Brasil em toda história olímpica do país. Oito anos depois, nos Jogos de Atlanta, o bronze. Foi também campeão dos Jogos Pan Americanos de 1987, dentre inúmeras conquistas.Hoje o quimono de Aurélio Miguel está no armário. Não seria, presume-se, a indumentária mais apropriada às lutas na Câmara dos Vereadores de São Paulo. Foi eleito em 2006 pelo então PL (hoje PR), partido do vice-presidente da República José Alencar. Aos 45 anos, optou pelo terno e gravata.Nesta entrevista a Terra Magazine, o ex-atleta faz uma análise equilibrada sobre chegada do maior evento esportivo do planeta ao Brasil. Contrário à vinda dos Jogos, resignou-se.- Não vou dizer que fiquei triste porque o Brasil ganhou. Fiquei feliz. Eu sou brasileiro. É como se o Brasil tivesse vencido uma Copa do Mundo.... Mas manteve um pé atrás.-... Você vê o (César) Cielo, um atleta que foi campeão olímpico, pelas declarações dele, ele não teve ajuda nenhuma. Aí depois que nasceu um filho bonito, todo mundo queria ser pai, né?Confira a entrevista na íntegraQual a importância dos Jogos para o Brasil? Como avalia a vitória do Rio de Janeiro?Aurélio Miguel - Eu vou avaliar como advogado do diabo: tem o lado positivo. Eu, como brasileiro... Eu não era favorável à Olimpíada aqui. Eu não sou favorável por falta de uma política nacional de esportes, onde haja investimentos diretos para os atletas, praças esportivas adequadas... Ontem, se não me engano, saiu uma foto do pessoal no Rio de Janeiro treinando em pistas inadequadas. Eu sou favorável, mas desde que tenha uma política nacional de esportes. Se não o que acontece? Só se faz para o evento; acabou o evento, acabou o esporte. O meu objetivo é, e sempre foi, fortalecer o esporte. Não porque eu vim do esporte. É porque eu sei a importância do esporte na vida do jovem, do adolescente, das crianças.A favor de algo sustentável, não improvisado...Não uma coisa momentânea. Por isso que eu não sou favorável. Se tiver um histórico, uma política de investimento, se estiver no caminho certo, depois que tiver estruturado e tiver uma força esportiva que realmente represente o tamanho do nosso país, aí sim eu acho que se poderia pleitear os Jogos Olímpicos.Sim...Por outro lado, não vou dizer que fiquei triste porque o Brasil ganhou. Fiquei feliz. Eu sou brasileiro. É como se o Brasil tivesse vencido uma Copa do Mundo. Por quê? Fez uma boa preparação, mostrou que fez a parte diplomática e política adequada e conseguiu vencer países muito mais fortes economicamente. Nesse aspecto foi positivo, e eu não tenho dúvidas de que, até 2016, o esporte vai se fortalecer, queira ou não queira. Seria até descabido se os próprios governos não investissem para fortalecer o esporte como um todo.Mas será que o país vai reverter uma realidade esportiva acumulada há décadas em apenas sete anos?Nós temos a experiência dos Jogos Pan-Americanos. Os anos que antecederam o Pan foram importantes para o esporte. E aí sempre se fala do legado que isso vai deixar. O país que pleiteia os Jogos Olímpicos não pode ter o descaso que está tendo, por exemplo, com o Complexo de Natação Maria Lenk. A própria confederação de natação queria fazer a Cidade da Natação aqui em Campinas, e tem lá pronto (no Rio de Janeiro) o Maria Lenk, que poderia ser um centro de referência, como tem na Austrália, nos Estados Unidos. Mas está lá abandonado. Ninguém cuida, virou um elefante branco. Os governos têm de saber que possuem a responsabilidade de administrar esses complexos futuramente. (tem de haver) Uma política nacional de esportes, não uma política momentânea de esportes. Aí eu sou contra. Outro aspecto que preocupa é quando dizem que vai custar tanto, e depois custa muitas vezes mais...Como no próprio Pan...É o que que aconteceu com o Pan. Estava previsto US$ 800 milhões e custaram R$ 5 bilhões, o que deve dar uns US$ 2,5 bilhões. A gente tem que tomar cuidado. Se você pegar esse recurso todo que vão gastar e colocar em um fundo de fomento ao esporte, dá para mais de 100 anos, dá para o Brasil ser uma potência olímpica. Tudo isso tem que ser levado em consideração. Agora, eu não tenho dúvidas de que uma Olimpíada bem feita, administrada com responsabilidade, é positiva. Porque o Brasil vai virar vitrine mundial.Pode virar um ponto de partida para desenvolver o esporte...Isso. Vai fortalecer o esporte. A cidade do Rio de Janeiro, queira ou não queira... Graças a deus eu não sou bairrista. Eu amo o Rio, acho uma das cidades mais bonitas do mundo, se não for a mais bonita. Ela vai se resgatar, porque terão de ser feitas as obras necessárias para as Olimpíadas. Eu digo isso porque sou filho de catalães, meu pai e mãe são de Barcelona e eu estive lá várias vezes antes das Olimpíadas de 1992. Estive lá antes e depois dos Jogos. Barcelona já era uma cidade estruturada, mas por conta da Olimpíada ela se estruturou muito bem. O Rio de Janeiro vai ganhar muito sediando as Olimpíadas, se o poder público municipal, estadual e o próprio governo federal fizerem a lição de casa.Acho que pode transformar o Rio na parte estrutural, mas precisa também trabalhar muito a questão social. Porque essa diferença (social) tão grande faz o noticiário ser cada vez mais negativo para o Rio, e também para outras cidades. São Paulo não tá excluída disso, não. Eles têm de cuidar um pouco disso. Você fazer uma Olimpíada escondendo os seus problemas é como pegar a sujeira e botar debaixo do tapete. O importante é que a gente resolva esses problemas estruturais e tenha orgulho de mostrar o que nós temos. Mas eu não tenho dúvida de que para o país vai ser positivo, se fizerem com responsabilidade e utilizarem de forma respeitosa e coerente o dinheiro público.O senhor acha que o país vai ter maturidade política para tocar as Olimpíadas pelos próximos anos, independentemente de quem venha a comandar o país nesse período? Eu não acredito que haja qualquer problema. Hoje eu estou na política, e político nenhum vai querer ficar fora da abertura dos Jogos Olímpicos. Vamos falar de 2016. Nós não sabemos quem vai ser o próximo presidente do país. Que seja a Dilma; ela vai até 2014 e depois tenta a reeleição. Não vai deixar de fazer as obras necessárias para realizar belos Jogos Olímpicos. E não podemos esquecer que vai ter a Copa do Mundo de 2014. O próximo presidente vai ter uma exposição mundial, e ninguém vai querer abrir mão disso. Seja Dilma, Aécio, Ciro Gomes, Serra ou qualquer outro que se candidate. Pode ser reeleito ou não, mas eu não tenho dúvida de que quem entrar em seguida, faltando dois anos (para os Jogos), não vai deixar de fazer os investimentos finais necessários, até porque o próprio presidente vai fazer a abertura da Olimpíada. E...Agora eu bato nessa tecla: tem que começar a fiscalizar já para que não haja desrespeito com o dinheiro público. É ótimo para o país, é uma vitrine, mas a que custo? Não pode ser um custo absurdo, irresponsável. Tem que ter um custo responsável, que equilibre a balança. A Fórmula 1, por exemplo: hoje a prefeitura ajuda na realização com aproximadamente R$ 35 milhões, R$ 40 milhões. Só que a arrecadação aumenta entre R$ 100 milhões a R$ 150 milhões em época de Fórmula 1 na cidade de São Paulo. Você poderia gastar até R$ 100 milhões porque equilibra. Há um retorno do investimento...Vem todo mundo para cá, gira (o movimento) nos hotéis, nos restaurantes, há uma arrecadação maior por conta disso. Se você colocar na balança essas possibilidades, se for algo que equilibre com um pouco de subsídio, tudo bem. É bom para o país mostrar a cara para o mundo, mostrar o que é, o que tem, nesse aspecto é positivo.Como atleta, o senhor chegou a ter atritos com a confederação de judô na década de 1980. Hoje, qual o papel das confederações nesse processo todo? Além das negociações políticas, elas dão algum apoio de fato aos atletas? Como é isso?Tem bons presidentes de confederação, e tem presidentes que deixam a desejar. Particularmente, sou contra mais de uma reeleição (nas confederações). A reeleição deveria ser como é hoje para presidente da República: uma eleição e uma reeleição, depois ele se retira e volta novamente. Poderia ser dessa forma. Eu queria que aumentasse a base democrática, onde as pessoas participam do esporte-clube, os próprios atletas participam na decisão do pleito, porque aí fica mais difícil fazer com que as pessoas se perpetuem no poder, que é o que a gente observa hoje no esporte brasileiro. Você pega aí a CBF, a natação, o próprio judô que já tá indo para o terceiro mandato. Agora, o que as confederações têm feito hoje, na verdade, é trabalhar com o esporte de alto rendimento. Até porque elas não têm subsídio nem recurso para fazer outra coisa. O ideal é que houvesse uma política nacional de esportes onde entrasse também o trabalho com a base nos diversos Estados do país.Nesse sentido, o senhor acredita que as Olimpíadas podem estimular o setor privado a investir mais no esporte?Sem dúvida alguma isso vai acontecer. Eu observei isso nos Jogos Pan-Americanos. Favoreceu muito. Falando em Olimpíadas, vai favorecer muito mais. Acho que vai aumentar muito o apoio aos atletas... Aos atletas que se destacarem. Minha preocupação é nós não investirmos na base. Hoje, o atleta que vai disputar os Jogos de 2016 ele já está, mais ou menos, despontando nas categorias menores. Se não estiver, não vai chegar a lugar nenhum. Lá o garoto vai ter 20, 18 anos, no mínimo, então hoje ele tem que estar disputando com 12, 14 anos na sua categoria.Tem de ter uma certa maturação...Quer dizer, a política de esportes não vai interferir em nada, porque os atletas já estão aí se movimentando. O que vai acontecer é um incremento maior na possibilidade de se aprimorar, intensificação de treinamentos, intercâmbio e apoio aos atletas, aí você vai realmente conseguir um lugar bom (nas Olimpíadas). Mas não é um projeto que você fala... Por exemplo: a ginástica olímpica fez a lição de casa. Trouxe lá o soviético (NR: o técnico ucraniano Oleg Ostapenko) e conseguiu transformar um país que não tinha tradição nenhuma, e hoje tem estrelas na ginástica olímpica. Tem a Daiane, os Hypólito, entre outros. Mostrou que, com investimento, com uma política voltada para aquele segmento... Ali eu acho que a confederação teve um papel importante, o governo federal apoiou e o comitê olímpico também estava junto. É um exemplo que dá certo. Agora, veja o absurdo que estão querendo fazer.O quê?A presidente (da confederação de ginástica olímpica) está querendo transferir a sede em Curitiba, esse centro de referência (da ginástica olímpica), lá para Sergipe. Isso é descabido. O que deveria ser feito? Continua esse que tá dando certo. Quer fazer outra unidade na região norte, nordeste do país? Ótimo, faça também. Mas deixe essa que está funcionando direitinho, que deu retorno e onde despontaram vários atletas.Uma coisa não deveria excluir a outra...Isso. É com isso que eu fico indignado como atleta. A falta de uma política. Se tá dando certo, deixa quieto onde tá dando certo. Quer abrir outro núcleo? Abre. Mas aí você vê que os estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro tinham equipamentos avaliados em cerca de R$ 2 milhões, que devem ter sido usados no Pan, e agora eles estão resgatando isso para um centro de excelência na própria Universidade. Quer dizer, estava parado! É um absurdo em um país que quer ter uma Olimpíada. É isso que deixa a gente indignado. Os atletas hoje têm algum tipo de voz nas confederações, no esporte nacional?É difícil para o atleta participar disso. Porque o atleta sofre sanções. Eu fui um dos poucos que me manifestei, e eu paguei caro por isso. Fiquei fora das Olimpíadas de Los Angeles, fiquei fora de três mundiais e dois Jogos Pan Americanos. Tive um período conturbado na minha vida de atleta por ter me manifestado para melhorar as condições dos atletas. Agora, cada um tem sua característica, né? Eu sempre me posicionei e paguei caro por isso, mas também digo que conquistei o que conquistei porque agi dessa forma. Hoje em dia é difícil... Você vê o (César) Cielo, um atleta que foi campeão olímpico, pelas declarações dele, ele não teve ajuda nenhuma. Aí depois que nasceu um filho bonito, todo mundo queria ser pai, né? Ele se manifestou dizendo que não teve apoio da confederação, brigou, saiu um pouco na imprensa. Depois ele acalmou um pouco, até porque tem de se focar na carreira dele, se não acaba se atrapalhando. Ele tá aí mostrando que é um grande atleta. Esse atleta é um patrimônio que tem de ser preservado, então hoje eu espero que haja mudança nesse sentido. Na nossa geração a gente tinha slogan: "No respeito ao atleta, na dignidade do esporte". Não adianta toda essa festa, toda essa bagunça, se você não respeitar o principal ator da peça toda, que é o atleta.Que é o protagonista...É o protagonista.Como é que o senhor vê a evolução do esporte no Brasil, se é que houve, desde o auge da sua carreira, nos Jogos de Seul (1988), até hoje? Houve uma mudança na maneira como a classe política e a própria população veem a classe política? Eu acho que melhorou bastante. Hoje o Brasil vai para uma Olimpíada... Eu fui a sexta medalha de ouro olímpica do Brasil. Hoje o número de medalhas de ouro aumentou muito, na casa dos 17, 22, não sei. (NR: ao todo são 20 ouros). Se você analisar friamente, melhorou. Nós temos muito mais conquistas, o esporte se desenvolveu em diversas modalidades, acabei de citar a ginástica olímpica, o handball hoje é uma modalidade forte, a natação conseguiu se consagrar, o atletismo voltou a ganhar o ouro que não ganhava desde Ademar Ferreira da Silva, um bronze no tae-kwon-do... O esporte cresceu muito. Sem dúvida alguma, o Pan ajudou para isso. E o próprio comitê olímpico... Não adianta falar só de coisas ruins, né? Por isso que eu disse que seria advogado do diabo. O comitê realmente trabalhou como uma empresa: delegou, descentralizou. Nesse aspecto foi positivo, e tá ai o resultado. Soube trabalhar politicamente... Não é só trazer o Pan e, agora, as Olimpíadas. Nesse processo todo o Brasil ganhou várias disputas em várias modalidades, inclusive no judô.Os Jogos no Rio acabam sendo o ponto alto de um processo maior, então?Sim. Não é uma coisa que é da noite para o dia. Se você olhar friamente, o Sr. Nuzman (NR: Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro) e sua equipe estão de parabéns, o próprio presidente Lula, que é um homem que tem um estrela grande, conseguiu trazer os Jogos Pan Americanos (risos), a Copa do Mundo e, agora, a Olimpíada.É como a piada que diz que só falta a Lula emplacar um novo Papa...Pois é. Nesse aspecto, é positivo para o Brasil. Agora o esporte cresceu porque o Brasil também cresceu - de uma forma que até desperta o interesse do mundo inteiro. A vida do brasileiro está melhorando um pouco, não é aquilo que nós gostaríamos, mas não é nossa expectativa que ele (Lula) resolva tudo.
Portal Terra

Nenhum comentário: