O judô brasileiro seguiu vitoriosa tradição olímpica e encerrou a participação nos Jogos de Pequim 2008 com mais três medalhas conquistadas. Já são 15 no total o que, até a definição das demais modalidades deixa o judô como mais vitorioso esporte do Brasil em todos os tempos, à frente de vela (14) e atletismo (13). Além disso, é o único que desde Los Angeles 84, sempre subiu ao pódio (são sete edições consecutivas). De quebra, a leve Ketleyn Quadros foi a primeira mulher a conquistar medalha em esporte individual no Brasil. Em Pequim, o judô conquistou três bronzes, um quinto, dois sétimos e um nono lugar.“Nossa medalha de ouro foi a Ketleyn”, elogia o coordenador técnico da Confederação Brasileira de Judô, Ney Wilson. “No masculino, destaco o Eduardo Santos, que mesmo terminando em sétimo lugar, mostrou personalidade como se já tivesse disputado uma Olimpíada. Entrou motivado, não sentiu pressão da torcida. Foi um verdadeiro guerreiro que poderia ter chegado ao pódio”, completou.Da meta estabelecida pela CBJ, o Brasil cumpriu à risca quase todas. Fez mais lutas do que em Atenas, classificou mais pesos do que nos Jogos de 2004, foi ao pódio no feminino. Faltou apenas o ouro.“Vencemos mais lutas do que no passado, renovamos a equipe, conquistamos as três medalhas que tínhamos como meta e quebramos o tabu do feminino. Claro que quem tem três campeões mundiais na equipe sempre acredita no ouro. Mas a diferença enre o bronze e o ouro é mínima e talvez nos tenha faltado algum detalhe. Tínhamos muita munição para atirar, acertamos três e faltou acertar somente na mosca”, avaliou Ney. “Como já prevíamos, foi uma Olimpíada muito dividida. Apenas China e Japão conquistaram mais de uma medalha de ouro. A Rússia, um país de tradição, sequer subiu ao pódio. A Geórgia só ganhou uma medalha e a França, com grande tradição e investimento, ficou aquém das expectativas. A África levou três medalhas. Apenas um campeão mundial – o georgiano – confirmou seu título em Pequim”, explicou o coordenador técnico.O planejamento iniciado em 2004 foi cumprido à risca, com intercâmbio constante com as principais potências do judô mundial.“Os atletas reconhecem o trabalho que foi feito. Fizemos a melhor preparação possível. Talvez agora tenhamos que dar um pouco mais de atenção à parte psicológica, que em alguns momentos pode ter sido determinante. Vamos reunir a comissão técnica para avaliar o que podemos fazer para continuar melhorando sempre”, disse Ney Wilson.O processo seletivo para o próximo ciclo já começou. Uma seletiva reunindo atletas campeões brasileiros e juniores será feita para determinar um atleta a enfrentar o atual reserva da seleção olímpica. Esses dois farão nova seletiva e irão com o titular dos Jogos de Pequim para competições internacionais. Aquele com melhor resultado será o titular em 2009.“Nesse final de ano vamos dar uma folga à equipe olímpica, que está esgotada. O próximo ano é um ano leve, apenas com o Mundial na Holanda, em setembro, e com o Pan-Americano que ainda não vale ponto para o ranqueamento olímpico”, explicou.Ney Wilson elogiou ainda a participação de Edinanci Silva, que disputou em Pequim a sua quarta Olimpíada consecutiva.“O quinto lugar dela por si só já seria histórico. Ela cumpriu perfeitamente seu papel na China e posso afirmar que a medalha da Ketleyn tem um pedacinho dela também. Por tudo o que fez, merecia ter saído com uma medalha”, finalizou.Manoela Penna, de Pequim
JUDÔ MANTÉM TRADIÇÃO OLÍMPICA E FAZ HISTÓRIA NA CHINA
Foram três bronzes, um quinto, dois sétimos e um nono lugar. E a histórica primeira medalha individual feminina do paísO judô brasileiro seguiu vitoriosa tradição olímpica e encerrou a participação nos Jogos de Pequim 2008 com mais três medalhas conquistadas. Já são 15 no total o que, até a definição das demais modalidades deixa o judô como mais vitorioso esporte do Brasil em todos os tempos, à frente de vela (14) e atletismo (13). Além disso, é o único que desde Los Angeles 84, sempre subiu ao pódio (são sete edições consecutivas). De quebra, a leve Ketleyn Quadros foi a primeira mulher a conquistar medalha em esporte individual no Brasil. Em Pequim, o judô conquistou três bronzes, um quinto, dois sétimos e um nono lugar
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